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7 de julho de 2014
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2 de julho de 2014
Ontem, Hoje, Amanhã...Sophia
23 de junho de 2014
Retalhos de um sonho
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Estação Santa Apolónia-Lisboa Autor: Marco Almeida |
(...) Tem trinta minutos. Há quem tenha acabado de chegar. Rostos cansados, o desejo da chegada aonde quer que seja. Olhares entre sorrisos, na esperança da descoberta numa cidade desconhecida.
Francisca imagina este mesmo átrio, nos tempos em que viajar de avião era para poucos e como o comboio unia países distantes.
A mais antiga estação da cidade foi construída no local onde existiu o convento de Santa Apolónia, tendo sido adquirido em 1852 pela Companhia Real dos Caminhos de Ferro. Inaugurada a 1 de Maio de 1865, com um só andar, ponto de partida para destinos nacionais e internacionais.(...)
F.A.(Excerto de uma história sem nome)
31 de maio de 2014
A janela de Garcia de Resende
Janela manuelina da Casa de Garcia de Resende - Évora Fotografia de Fernanda Azougado |
"Janela antiga sobre a rua plana...
Ilumina-se o luar com o seu clarão...
Dantes, a descansar de luta insana
Fui, talvez, flor no poético balcão...
Dantes! Da minha glória altiva e ufana,
Talvez...Quem sabe?...Tonto de ilusão,
Meu rude coração de alentejana
Me palpitasse ao luar nesse balcão...
Mística dona, e em outras primaveras,
Em refulgentes horas de outras eras,
Vi passar o cortejo ao sol doirado...
Bandeiras! Pagens! O pendão real
E na tua mão, vermelha, triunfal,
Minha divisa: um coração chagado!...
Florbela Espanca
Charneca em Flor, 1931
27 de maio de 2014
Caminho
5 de maio de 2014
de.sa.bro.char
...salpicos de sons, espreguiçar de cores ténues, num clic, o adormecer dos candeeiros guardiões da noite. E, aos poucos, a esperança nos sons e nas cores a fervilhar em instantes de um outro ínicio...
29 de abril de 2014
Regresso
A luz dos faróis projecta-se na porta, ao centro do prédio branco, chamando a atenção a barra amarela à volta das janelas.
Sobe o olhar, o número sete é reconfortante. Antes de entrar, aspira o odor de lenha queimada, adivinhando gente ao redor da lareira nas casas vizinhas. Cães ladram ao longe, salpicando o silêncio da noite.
No hall, o cheiro de plantas regadas. Abre a porta sem pressa. Pétalas de rosas secas fazem esquecer o silêncio da casa. Um pequeno corredor à direita e, outro que termina na divisão desejada.
Sem estilo definido, móveis com história de família, convivem com estantes repletas de livros que aconchegam. Do exterior da janela, adivinha-se a relva aparada. A cama, convida ao sonho desperto.
A enorme cama de tubo preto, lembrando ferro, enche o olhar da divisão. Ladeada de mesinhas de cabeceira com tampo de mármore, espelho, pés altos e compartimento onde, na geração anterior se colocava o bacio de porcelana, contam quase um século na família, assim como a cómoda castanha que juntas, há muito aguardam restauração a rigor. Na parede, sobre a cómoda, um espelho emoldurado, aproveitamento do roupeiro dos avós maternos que não resistiu ao passar dos anos.
Aos pés da cama, estantes com o mesmo tom, repletas de livros, uns ordenados alfabeticamente ou por temas, outros ao acaso.
A escrivaninha junto à janela, ocupa grande parte da única parede que dá para o exterior, onde o sol permanece até se esconder.
No canto oposto, a mesinha de chá, pertença da avó Alice, onde convivem fotografias de pessoas em momentos felizes.
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